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Foto do escritorVanessa Bonafini

Qual o propósito da vida ?

Atualizado: 28 de fev. de 2024




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Se olharmos para maneira que estruturamos nossos planos, pensamentos e idéias percebemos que estamos sempre focados em um propósito ali na frente.


Para alguns essa meta é simplesmente o dinheiro, para outros uma vida de prazer, para outros ainda uma combinação dos dois. Apenas para poucos há espaço para ver que existem coisas que não são prazeres físicos e sensoriais diretos, mas um prazer sutil, uma sensação de paz que vem de levar uma vida correta e ter um papel no esquema do mundo. E ainda raros são aqueles que vendo que tudo que nos circunda tem um prazo de validade muito curto, questionam o próprio objetivo da vida. Não como uma indagação curiosa ou casual, mas com a força de alguém que busca um sentido para si mesmo na roda do mundo. Quando uma pessoa busca por essa resposta e encontra um mestre com o qual ele se conecta, confia e estuda, existe uma transformação completa dessa pergunta: “Qual o propósito da vida?”


Se for dito que o propósito da vida está contido na própria vida, teremos um problema lógico. “A causa não pode estar contida no efeito. Ela tem que existir independente do “efeito” para que seja a causa.” Esse entendimento é bem simples apesar de termos uma tendência a dizer que: “o propósito da vida é viver”.


Se for dito que o propósito da vida é a morte, ou algo que deve acontecer depois da morte, teremos uma inconsistência quanto a impossibilidade de estabelecer uma inteligência no universo. Tudo que nos circunda é banhado em causa e efeito, nada está acontecendo por acaso. A ciência e o conhecimento permeiam tudo que está a nossa volta. O acaso é simplesmente uma expressão pragmática da nossa ignorância ou incapacidade de determinar a causa de um evento. Nesse mundo, que é todo inteligência, dizer que o propósito da vida é morrer ou ir para algum outro lugar diferente de onde estamos não faz sentido. Por que teríamos nascido então? Nascer para morrer? Se já estávamos mortos antes, não iríamos nascer se o propósito fosse a morte. E menos ainda ir para outro lugar, porque teríamos parado aqui então? Um erro divino? Por mais que possamos escutar esse tipo de afirmação ela também não entra em nosso coração.


Assim se existe um propósito para vida, esse propósito deve ser preenchido enquanto vivo, e viver não significa se manter vivo, mas usar do nosso livre arbítrio, sem o qual essa pergunta não faria sentido nenhum. Então a pergunta: “Qual o propósito da vida?” se converte sutilmente para a questão: “Como usar meu livre arbítrio enquanto vivo?”, em outras palavras “Como gostaríamos de viver?”. Porque afinal essa é a nossa única escolha. Não escolhemos nascer, muito menos morrer se temos que usar nosso livre arbítrio, esse uso vai ser na forma de como queremos passar esse tempo por aqui. E surpreendentemente quando nos fazemos essa pergunta muitas vezes reparamos que não vivemos da maneira que gostaríamos.


Essa é uma descoberta incrível, não vivemos como gostaríamos e ainda assim queremos encontrar algo para fazer nessa vida como um objetivo depois dela. Se realmente paramos pensar, percebemos que vivemos presos pelos nossos próprios ideais e com uma habilidade de expressão muito aquém do que precisamos para viver em paz. Começamos com uma idéia absorvida da sociedade de como devemos viver e aos poucos percebemos que não controlamos o mundo a nossa volta.


As frustrações se somam e se instalam progressivamente na nossa mente, gerando stress e outras doenças psicossomáticas. Vencemos o mundo, ganhamos dinheiro, vencemos desafios, mas o custo que pagamos nesse processo com a nossa saúde, emoções e depressão, que consomem todos os recursos que alcançamos na forma do dinheiro e o próprio sentimento de conquista. Não que esse seja nosso pensamento a todo o momento, mas esse é pensamento do final do dia, ou nos momentos que estamos sós.


Acordar para esse fato também é algo que não é simples, nossa mente está programada a pensar, a julgar e competir a tal ponto que começamos a obter prazer em ver a derrota do próximo. Seja através de uma pessoa que passa por nós com um pouco mais de peso e o seu desajeito nos conforta, seja de ver o time do vizinho perdendo, seja porque vejo que controlo as pessoas a minha volta por culpa ou vergonha. Apesar desse comportamento ser comum entre seres humanos é importante notar que ele não é natural à espécie humana, por um motivo muito simples, esse prazer requer uma divisão em relação ao outro que não é real. E é por isso que quando olhamos de perto o sofrimento da outra pessoa nossa humanidade não nos deixa sorrir.


Na biologia aprendemos que toda vez que existe algo comum que não é natural, esse fato se dá devido a um terceiro fator que influencia a massa da população estudada. Nesse caso o terceiro fator é a própria ignorância instalada entre as pessoas e grupos sociais que se propaga em “moto perpétuo”. Por ignorância grupos são perseguidos, o grupo que é discriminado, se fecha, se organiza e se fortalece e ele mesmo agride o outro que se fortalece se fecha e assim continua.


Se quisermos viver em paz e harmonia uns com os outros, talvez romper com esse padrão baseada na ignorância instalada em nós seja um propósito nobre na vida para ser escolhido. Porque no final estamos contribuindo para nós mesmos e para o mundo; e como ser humano ser uma fonte de paz e alegria para as pessoas é o que tem de mais gratificante e prazeroso para se fazer.


Muitos sábios colocam o propósito da vida como autoconhecimento e isso de fato é uma verdade, já que o próprio nascimento é devido à ignorância da nossa verdadeira natureza; mas as vezes essa é uma resposta muito seca para um mundo com tantas necessidades por compaixão como nós vivemos.


Do ponto de vista pessoal podemos colocar o autoconhecimento como propósito, mas do ponto de vista social o propósito será sempre produzir uma Terra do jeito que gostaríamos de viver combatendo as diversas expressões da ignorância do “eu” nos comportamentos humanos.


PORQUE EU DEVERIA CRIAR O MEU PROPÓSITO DE VIDA?


Vamos direto ao ponto.


Segue abaixo uma lista de todos os benefícios que você vai experimentar na sua vida ao vivê-la com um propósito consciente. E, ao longo do texto, todos esses benefícios serão fundamentados com artigos científicos que sustentam cada um deles.


Em resumo, a ciência, através de diversos estudos, comprova que pessoas com um forte senso de propósito na vida:


  • São mais felizes e realizadas pessoal e profissionalmente.

  • São mais motivadas, apresentando melhor desempenho nas suas atividades.

  • Têm mais sucesso na realização de seus projetos pessoais e profissionais.

  • Têm mais foco e clareza mental.

  • Fazem escolhas com maior assertividade.

  • Têm melhor saúde física, mental e psicológica.

  • Vivem mais tempo.

  • Estão menos suscetíveis à dependência química.

  • São mais resilientes ao stress.

  • São menos suscetíveis à depressão e suicídio.

  • Têm maior autoestima.

  • Têm melhor qualidade de sono.

  • Têm melhor qualidade de vida.

  • Têm maior senso de integridade.

  • Têm maior percepção de que o que são e o que fazem é importante para o mundo.


Basicamente o que viver uma vida com propósito nos traz é uma melhor experiência de vida ao longo de toda a nossa vida em seus diferentes ciclos e desafios.


“Uma das descobertas mais importantes da história ocidental é que ter esse tipo de meta ou propósito a alcançar é uma das rotas mais certeiras para uma vida profundamente satisfatória. Na verdade, se há uma resposta à pergunta sobre o sentido da vida, essa é uma possibilidade de peso.” - Roman Kznaric

Já Aristóteles foi mais direto nessa reflexão do porquê devemos buscar ter um propósito de vida:

“Toda pessoa deve ter algum objetivo para o qual dirigir a sua boa vida e todos os seus atos serão conduzidos a ele, uma vez que não ter uma vida organizada em função de um determinado fim é um sinal de grande tolice.”

COMO DEFINIR MEU PROPÓSITO DE VIDA?


Desculpe-me, aqui vou ter que dificultar um pouco a sua vida, mas por um motivo nobre. Seria ótimo poder criar uma definição simples e direta, no formato dicionário, para essa pergunta e entregá-la para você de mão beijada. Mas também seria perigoso e simplista.


Perigoso porque uma definição fechada iria limitar suas possibilidades de ganhar um entendimento mais integral e completo sobre o assunto. E porque sem esse conhecimento mais profundo você perde todo o potencial transformador que esse tema pode trazer para a sua vida, felicidade e conquista dos seus sonhos.


Além disso, seria simplista reduzir uma das perguntas existenciais mais importantes da humanidade em uma resposta padrão estilo McDonald’s (e no fundo nós queremos te desafiar para que até o final deste texto você diga o que é propósito de vida para você).


Então vamos pelo caminho mais longo que também é o que oferece as melhores paisagens. Pois como nos alertou Buda: “A felicidade é o caminho, e não o destino”.


Para começar essa caminhada vamos ver o tema propósito de vida por 3 ângulos diferentes; as 3 principais formas que nós seres humanos usamos para interpretar a nossa realidade, Ciência, Religião e Filosofia.


O que os 3 grandes pilares dizem a respeito de Propósito de vida?


Ainda mais importante… Será que existe uma convergência entre os três modos de ver a vida?


E aqui fica um spoiler. Sim. Ter um sentido na vida é algo que os 3 grandes pilares do pensamento humano colocam como fundamental para uma vida que valha a pena ser vivida. Cada um dos 3 pilares faz perguntas diferentes e busca a resposta de formas diferentes, mas as 3 visões acabam chegando no mesmo ponto de convergência.


Criar um Propósito de vida é o melhor investimento do seu tempo e energia se você quiser ter uma vida com prazer e significado.

SAIBA QUAL É O SEU PROPÓSITO DE VIDA. TORNE ISSO SUA PRIORIDADE E COLHA OS BENEFÍCIOS AO LONGO DA SUA VIDA.


Independentemente de qual rota você quiser seguir:


  1. A rota da Religião que te ajuda a revelar qual é o propósito da sua alma nesta vida; qual é o projeto que você está designado a seguir.

  2. Ou a rota da Ciência e Filosofia que te ajuda a criar um propósito para que a sua experiência de vida seja plena e realizadora.


A rota escolhida não importa por 2 motivos:


1. Ambas levam para o mesmo lugar: uma sensação de realização, plenitude e felicidade ao longo das diversas etapas da sua vida. Independentemente do que você acredita e do que melhor cabe para você, ambas as rotas buscam, através do sentido que você atribui a sua vida, maximizar a sua experiência de realização nesta vida.


2. Você nunca saberá ao certo se você criou ou se revelou o seu propósito. Eu digo isso por experiência própria e por já termos guiado mais de 1000 alunos no caminho para a materialização de um propósito de vida: você sabe qual é o seu propósito, mas não consegue identificar a sua origem. Ao longo do processo para revelar ou criar o seu propósito, a cada etapa você sente que algo está emergindo e ficando mais claro. Como as peças de um quebra-cabeça que vão se encaixando e uma figura vai ficando cada vez mais clara para você. Se essa figura já estava lá e você está apenas a revelando ou se ao juntar determinadas peças você está criando uma imagem, não há como saber. E pouco importa porque você já estará vivendo os benefícios desse processo: sentimento de mais energia, motivação, foco, determinação e prazer no dia a dia.


Escolha, entre qualquer dessas afirmações, a que melhor conversa com seu coração. Ou ainda melhor, crie uma definição sua que faça seu coração vibrar. Pois como diz Joseph Campbell, “Siga o que enche seu coração de alegria e o universo abrirá portas onde antes só existiam muros”, porque “O maior privilégio da vida é ser quem você é.”.


Coloque toda a sua energia para materializar o seu propósito de vida.



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